Não se consegue mais sentir o cheiro da terra.
Não se percebe mais o sol nascer.
Não se toma mais banho de mar.
Não se anda mais de bicicleta.
Não, não e não.
Minha vida está repleta de nãos.
A sua não?
Ah, então nossas vidas estão cheias de nãos, não é?
Não pra isso, não para aquilo.
Não pro sim, não pro não.
Não pra tudo, não de tudo.
Não obrigado, não há de quê.
Não vou, não fui, não sou,
Não era, não vai, não é,
Não é não ou não é não?
Não sei não!
Não é não em qualquer ocasião.
Ene-a-ó-til é a sua fórmula repressora.
Não faça!
Dizia o pai e não dizia a mãe.
Não pode!
Dizia o padre e não dizia a madre.
Não é assim!
Diziam os professores.
A vida ainda vive com os nãos nas costas.
Possíveis e impossíveis.
Impossível!
Isto também significa não.
Também não.
Nem.
Agora não.
Depois não.
Sempre não.
Cuidado... Não!
Não compreendo.
Não há vaga.
Não dá mais tempo.
Não insista!
Dizem não, ouço não.
Vivo não.
Não viva não.
Morra!
Sim...
[Escrevi em São Thomé das Letras-MG # 1992]
Sim para a verdade caro amigo Dalton!
ResponderExcluirSeu post é verdadeiro!
Grato pela visita e pelo verdadeiro comentário, Mariano.
ResponderExcluirUm grande abraço!
Viveremos sempre entre o sim e o não.
ResponderExcluirCom toda certeza, amigo Antonio dos Campos, ambos são dois inevitáveis parâmetros regentes da vida humana.
ResponderExcluirUm grande abraço!