Bastaria um rio alucinado
Tropeçando pelas pedras
Ou um raio metadourado
Trincando veias nas serras
Bastaria um olho aberto
Mirando longe a distância
Ou um dia quase incerto
Fervendo feito infância
Bastaria uma chuva do céu
Lambendo a terra com fome
Ou um pedaço de papel
Guardando o seu nome
Bastaria uma vontade louca
Umidecendo nosso leito
Ou uma palavra rouca
Nascendo dentro do peito.
[Escrevi em Lorena-SP # 1985]
Bastaria que esse amigo
ResponderExcluirnos brindasse mais vezes
com belas poesias assim
para que nosso espaço
chegasse a perfeição
e as donzelas vibrassem
com tamanha emoção.
Aos poucos vamos nos acostumando com as ferramentas do blogspot. Consequentemente, os poemas vão pipocando.
ResponderExcluirGrato pelas palavras generosas, amigo Antonio dos Campos.
Um grande abraço!