CARTA DA REDE NACIONAL INTERNÚCLEOS DA LUTA ANTIMANICOMIAL
Há pouco mais de vinte anos, a única forma de abordagem para o sofrimento mental existente no Brasil era o hospício, na sua pior forma: verdadeiros campos de concentração! Certamente, portanto, temos muito a comemorar. O número de leitos psiquiátricos no país reduziu-se à metade. Aprovou-se uma nova lei, que “dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental”. Foram criados mais de 500 CAPS (serviços abertos que acolhem os portadores de sofrimento mental grave).
A III Conferência Nacional de Saúde Mental definiu diretrizes claras para a extinção do hospital psiquiátrico e sua substituição por um modelo assistencial comprometido com a liberdade e a cidadania. Contudo, a maior parte dos recursos destinados à saúde mental continua financiando os hospitais psiquiátricos e faltam, no âmbito governamental, iniciativas claras e decisivas para enfrentar tal situação.
Cumpre interpretar, portanto, que o compromisso do Estado brasileiro com uma Reforma Psiquiátrica efetiva deixa a desejar quando evita adotar as medidas indispensáveis para fazer cumprir as suas próprias leis. Esta indecisão mostra-se ainda mais inábil e grave, ao considerarmos que as novas legislações vigentes, as deliberações das Conferências Nacionais e todo o campo de defesa dos direitos dos portadores de sofrimento mental produziu-se a partir da organização e do impulso de segmentos da sociedade civil. Contando, embora, com a decisiva parceria e com o trabalho incansável do movimento social, o gestor ainda assim vacila justamente ali onde não poderia ceder!
Cabe, igualmente, interpelar os gestores estaduais e municipais quanto ao seu compromisso com a verdadeira reforma psiquiátrica, naqueles estados e municípios que não realizam a redução de leitos em hospitais psiquiátricos, e mostram-se coniventes com o desrespeito aos direitos humanos nestas instituições.
Mestre Dalton nosso prefeito. Muita coisa até já foi feita faltam como dizes os recusos não serem desviados. Se aplicados fossem corretamente teriamos um atendimento mais humano. Dirigido a esses irmãos que vieram para passar por essa provação.
ResponderExcluirTorcemos para que a sociedade brasileira se conscientize do quanto é importante a inclusão e o acolhimento dos portadores de transtornos mentais. Esses fatores são essenciais para que essas pessoas vivam com dignidade.Parabéns, pelo post!
ResponderExcluirUm beijo
Caro Amigo Dalton França,
ResponderExcluirQue bom que você gostou do meu blog.
Obrigado por sua visita e excelente comentário!!!
Tenha uma ótima semana.
Volte sempre e VOTE em meus selos de participações.
Um grande abraço.
Meu amigo Antonio dos Pampas, você está coberto de razão.
ResponderExcluirOs portadores de transtornos mentais são seres muito especiais que merecem todo o nosso respeito e a nossa solidariedade.
É lastimável os gestores da Saúde - municipais, estaduais e federais - não se darem conta disso e não promoverem políticas mais adequadas e justas nesse sentido.
Grato pelo oportuno comentário.
Um grande abraço!
Um assunto complicado... Sempre bom postar esclarecimentos.
ResponderExcluirAbs,
Prezado professor Israel, é com muita satisfação que recebo a sua visita nocantinhodacurva.
ResponderExcluirCom toda certeza nos veremos mais vezes pelo corredor da escola.
Grande abraço!
Amiga Lau, mais do que torcer é preciso exigir que todos os segmentos da sociedade destinem um olhar mais generoso para os portadores de sofrimento mental.
ResponderExcluir"Por um Brasil sem manicômios!"
Um grande beijo procê.
Olá Denise! É um grande prazer recebê-la aqui nocantinhodacurva.
ResponderExcluirVocê está certa. Além de um tema muito complexo, a saúde mental é um campo minado, onde o mínimo cuidado é essencial.
Valeu. Um beijo!
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