sexta-feira, maio 15

assim pode ser se lhe parecer ser


Nem toda cobra é peçonhenta
Assim como
Nem toda gosma é nojenta

Nem todo capim é braquiária
Bem como
Nem toda vela é luminária

Nem toda rapadura é melada
Assim como
Nem toda mulher é gelada

Nem todo pêssego é maduro
Bem como
Nem todo breu é escuro

Nem todo sonho é pequeno
Assim como
Nem todo voo é sereno

Nem todo rei é monarca
Bem como
Nem toda folia é fuzarca

Nem toda gema é de ovo
Assim como
Nem toda praça é do povo

Nem todo vaso é de barro
Bem como
Nem todo cuspe é escarro

Nem todo grão é café
Assim como
Nem todo otário é mané.







[Escrevi em Cruzília-MG # 2009]

6 comentários:

  1. Verdade mestre nem tudo é aquilo que parece ser.Assim como nem todo gaúcho é entendido de churrasco rsrrsrsrsrssr. Sensacional Dalton um abraço meu professor.

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  2. Na verdade, Antonio, eu já ouvi dizer que os argentinos entendem mais e melhor... de churrasco. [rsrs]
    Um grande abraço, poeta!

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  3. Meu mestre é essa interação essas brincadeiras que não podem parar assim são as amizades.E a nossa senadora? anda sumida.

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  4. É isso que nos mantêm eternamente jovens, Antonio.
    Um abração!

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  5. Oi Dalton, deixei um recadinho pra vc lá no meu blog do grupo Assíntota. Agora sou também sua seguidora!
    Até o próximo contato!
    Abraço.

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  6. nem tudo é e por vezes tudo é . assim a roda da vida gira em seus contraditórios para formar o todo único e indivisível. apaixonante o seu blog . este seu post é perfeito . pura sabedoria . parabéns . seguindo e linkando . voltarei sempre.

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