Chuva cai
Cai chuva
Entre cimentos e metais
Gente corre
Corre gente
Corre trem
Embaixo da terra
(embaixo da Terra)
Que não é terra
Já virou asfalto
Tudo cai
Todos correm
Terra que não é terra
(terra que não é Terra)
Também corre
Também cai
Agora nem é asfalto
É leito
Leito do rio
Rio da chuva
Sem cheiro de terra
(sem cheiro de Terra)
[Escrevi em São Paulo-SP # 1980]
Meu mestre essas chuvas que caem nessa São Paulo de hoje. São a prova de que se vive em uma selva de pedra.
ResponderExcluirPois é Antonio, numa selva que se multiplica desordenamente.
ResponderExcluirE olha que escrevi esse poema num janeiro de 1980, durante um dos verdadeiros dilúvios que já detonavam a paulicéia naquela época.
Grande abraço!
algumas coisas nunca mudam, não é, poeta?
ResponderExcluirbraço de siempre.
E o pior... por pura ingerência daqueles que sempre são eleitos pra isso.
ResponderExcluirUm grande abraço, amigo Paulo Andel!
E o pior Dalton, chuva sem cheiro de terra é muito triste.
ResponderExcluirUm abraço
Sem dúvida, Wanderley.
ResponderExcluirAinda bem que aqui nas Minas Gerais ainda podemos desfrutar desse perfume. Fartamente!
Um grande abraço!
Triste realidade... =/
ResponderExcluirGostei do teu blog... parabéns!!
Abraço!
Grato, Lany pela visita, pelo comentário e pelo elogio.
ResponderExcluirUm abraço!
Oi amigo Dalton, que pessoa generosa você é! Encantador o comentário que vc fez lá no meu blog Pátria Amada. Que bom ter encontrado vc por aqui nesse mundo virtual.
ResponderExcluirAh! Vc tb é poeta! Esse homem é tudo de bom! rsrs
Sabe que outro dia fiz umas fotos semelhantes a essa sua aqui mesmo no meu bairro, num dia de chuva forte.
Abraço.
Laís, fico muito lisonjeado pelos elogios. Suas visitas serão sempre bem-vindas!
ResponderExcluirAcrescentando seu comentário, penso que o descaso dos gestores pela infra-estrutura dos municípios já se tornou uma vergonhosa redundância.
Um grande beijo!