quarta-feira, março 10
o despertar
"O príncipe Sidarta era o homem mais feliz da Índia. Brahma, o divino soberano dos ciclos, havia juntado em sua pessoa o valor de Rama, paladino invencível das lendas, com a profunda sabedoria dos poetas solitários que nas ladeiras do Himalaia, longe dos homens, passam a vida compondo hinos religiosos.
Seu pai era Sudhodana, de raça guerreira, rei de Kapila, mantenedor pelas armas da conquista do território indiano realizada pelos seus antecessores.
Sua mãe, a gentil Maya; e que, segundo contavam os poetas da corte, o havia concebido num bosquezinho do Palácio dos Cisnes, deitada em leito de marfim, coberta pela chuva de rosas que do alto lançavam as divindades absortas perante a sua beleza, e vendo em sonhos como descia do céu um pequeno elefante, branco como a espuma do mar, que docemente entrava pelo seu flanco esquerdo.
Morreu a linda Maya, certa de haver sido escolhida por Brahma para dar ao mundo um ser que, por sua sabedoria, estava destinado a ser adorado pelos homens.
E o rei Sudhodana quase não pode pranteá-la, pois só se ocupava da educação e do cuidado de seu filho ditoso príncipe Sidarta!
Nunca se viu educação mais bem aproveitada."
["O Despertar do Buda", de Vicente Blasco Ibañes; Landy Livraria Editora e Distribuidora Ltda; São Paulo; 2000; pág. 35]
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Cheias de magia e leveza as lendas indianas nos encanta a todos.
ResponderExcluirUm abraço
Gosto destas lendas e gosto dos indianos com quem convivi muito em Moçambique. São delicados no trato e quando são amigos, são amigos mesmo.
ResponderExcluirAqui está um país que gostava de conhecer...depois de ir ao Brasil, passar um dia com o meu amigo Dalton, no cantinho da curva...
Conheces esse cara, daí? Boa pessoa, né?
É um amigão!
Beijocas
Graça
As lendas e os mistérios da Índia. Concordo com a Graça e digo o mesmo gostaria de conhecer esse país. E digo Graça: tens razão esse mineiro é gente finíssima com se diz aqui.
ResponderExcluirOi amigo Dalton, linda essa passagem. Eu conheço esse livro. O Budismo é "fascinante". Só não lembro se o "príncipe Sidarta" correspondeu a todos esses cuidados do pai.
ResponderExcluirEu aprecio muito as obras de Vicente Blasco. É dele aquela famosa obra, "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse", se não estou enganada.
Estou me sentindo calma, tranquiiiiila... ao ler seu post. Estou sentindo também o aroma de um incenso indiano (Ganesha) aqui no "cantinhodacurva". Beleza de postagem!
Um beijo
Professor Wanderley, boa noite! Tudo bem por aí em belzonte? Espero que sim.
ResponderExcluirSem dúvida, os ensinamentos da filosofia budista enriquecem a alma de todo ser humano que tenha o coração aberto.
Valeu a visita. Grande abraço!
Oi amiga Graça! Grato pela visita e pelos elogios.
ResponderExcluirTambém convivi com a família de uma amiga indiana quando residia em São Paulo. Embora um pouco 'misteriosos', são pessoas de mente e coração diferenciados.
Ocantinhodacurva está de porteiras abertas a você e a todos os amigos do blogspot. Um beijo!
Pactuo com a sua observação poeta Antonio!
ResponderExcluirPenso que a Índia seja um lugar muito mágico. E fascinante. Grato pelo elogio. Abração!
Minha amiga Lau, endosso suas palavras quanto ao Budismo e o autor do livro. Ambos são excepcionais!
ResponderExcluirCreio que Budha superou todas as expectativas... de seu pai ao mais humilde andarilho indiano. Com uma sabedoria ímpar e exemplar.
Grato pelo elogio. Um beijo!
Olá, sua presença foi sentida através da força das palavras. A distância não é impeditiva para que os desejos se realizem. Felicidades em lhe dizer que foi um belo evento e realmente uma noite poética. Abraços
ResponderExcluirQuerida Analuiza! Fico feliz pelo êxito do evento.
ResponderExcluirCom certeza, as palavras têm poderes capazes de materializarem-se em ações poéticas. Basta que tenhamos intuição suficiente para canalizar adequadamente as emoções quando as proferimos.
Parabéns e sucesso! Um grande beijo!