segunda-feira, maio 18

18 de maio: dia nacional da luta antimanicomial



CARTA DA REDE NACIONAL INTERNÚCLEOS DA LUTA ANTIMANICOMIAL


Há pouco mais de vinte anos, a única forma de abordagem para o sofrimento mental existente no Brasil era o hospício, na sua pior forma: verdadeiros campos de concentração! Certamente, portanto, temos muito a comemorar. O número de leitos psiquiátricos no país reduziu-se à metade. Aprovou-se uma nova lei, que “dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental”. Foram criados mais de 500 CAPS (serviços abertos que acolhem os portadores de sofrimento mental grave).

A
III Conferência Nacional de Saúde Mental definiu diretrizes claras para a extinção do hospital psiquiátrico e sua substituição por um modelo assistencial comprometido com a liberdade e a cidadania. Contudo, a maior parte dos recursos destinados à saúde mental continua financiando os hospitais psiquiátricos e faltam, no âmbito governamental, iniciativas claras e decisivas para enfrentar tal situação.

Cumpre interpretar, portanto, que o compromisso do Estado brasileiro com uma
Reforma Psiquiátrica
efetiva deixa a desejar quando evita adotar as medidas indispensáveis para fazer cumprir as suas próprias leis. Esta indecisão mostra-se ainda mais inábil e grave, ao considerarmos que as novas legislações vigentes, as deliberações das Conferências Nacionais e todo o campo de defesa dos direitos dos portadores de sofrimento mental produziu-se a partir da organização e do impulso de segmentos da sociedade civil. Contando, embora, com a decisiva parceria e com o trabalho incansável do movimento social, o gestor ainda assim vacila justamente ali onde não poderia ceder!

Cabe, igualmente, interpelar os gestores estaduais e municipais quanto ao seu compromisso com a verdadeira reforma psiquiátrica, naqueles
estados e municípios que não realizam a redução de leitos em hospitais psiquiátricos, e mostram-se coniventes com o desrespeito aos direitos humanos nestas instituições.

9 comentários:

  1. Mestre Dalton nosso prefeito. Muita coisa até já foi feita faltam como dizes os recusos não serem desviados. Se aplicados fossem corretamente teriamos um atendimento mais humano. Dirigido a esses irmãos que vieram para passar por essa provação.

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  2. Torcemos para que a sociedade brasileira se conscientize do quanto é importante a inclusão e o acolhimento dos portadores de transtornos mentais. Esses fatores são essenciais para que essas pessoas vivam com dignidade.Parabéns, pelo post!
    Um beijo

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  3. Caro Amigo Dalton França,

    Que bom que você gostou do meu blog.
    Obrigado por sua visita e excelente comentário!!!

    Tenha uma ótima semana.

    Volte sempre e VOTE em meus selos de participações.

    Um grande abraço.

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  4. Meu amigo Antonio dos Pampas, você está coberto de razão.
    Os portadores de transtornos mentais são seres muito especiais que merecem todo o nosso respeito e a nossa solidariedade.
    É lastimável os gestores da Saúde - municipais, estaduais e federais - não se darem conta disso e não promoverem políticas mais adequadas e justas nesse sentido.
    Grato pelo oportuno comentário.
    Um grande abraço!

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  5. Um assunto complicado... Sempre bom postar esclarecimentos.

    Abs,

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  6. Prezado professor Israel, é com muita satisfação que recebo a sua visita nocantinhodacurva.
    Com toda certeza nos veremos mais vezes pelo corredor da escola.
    Grande abraço!

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  7. Amiga Lau, mais do que torcer é preciso exigir que todos os segmentos da sociedade destinem um olhar mais generoso para os portadores de sofrimento mental.
    "Por um Brasil sem manicômios!"
    Um grande beijo procê.

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  8. Olá Denise! É um grande prazer recebê-la aqui nocantinhodacurva.
    Você está certa. Além de um tema muito complexo, a saúde mental é um campo minado, onde o mínimo cuidado é essencial.
    Valeu. Um beijo!

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  9. Este comentário foi removido pelo autor.

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